Minha cidade é daquelas de acolher com cobertor. De abrigar do cinza e da chuva com carinho. Moro onde o pessoal fala o “e” bem forte, tem ar temperado por estações que nos visitam diariamente. Vivo pertinho de praças: Japão, Batel e adoro passear na da Ucrânia em dias de feirinha.
Como pastel no mesmo lugar que minha vó me levava e sou capaz de encontrar restaurantes na André de Barros bem mais velhos que eu mesmo. Adoro comprar carne no açougue em que o dono sempre me mostra a foto da parede e me conta a história do pai, filho de alemães, que começou tudo.
– Nesse mesmo lugar. Meu pai, direto da Alemanha pra cá.
Então, lembro meu vô, o Seu Belão, contando as histórias só dele à mesa em meio à macarronada e às risadas repetidas, sempre intercaladas com a voz alta e o falar com as mãos tipicamente italiano. Ele se foi, os causos contados ficaram. Hoje dou risadas sozinho.
Além de família que começou em outras terras, minha Curitiba tem verde, gramados, garoa, frio, chuva e um povo muitas vezes reservado, de simpatia contida.
Tudo charme para me dizer que com minha província posso contar. Por aqui passo e deixo minha história, coloco no papel minha imaginação, peço ajuda e perdão na igreja do Perpétuo Socorro que fica bem em frente ao templo verde e branco do futebol. Fica lá no Alto, Alto da Glória.
Essa é a cidade onde vivi e perdi meus amores – da vila Fanny, Vila Isabel, Largo da Ordem, pra lá do Cabral até o Centro, passando pela Praça da Espanha e muito mais.
Cidade! É o lugar ao qual dediquei minhas paixões e meus melhores sorrisos. Ela viu passar. Registrou em fotos que estavam perdidas até que, num dia frio de vinte e nove de março, reencontrei, visitei, tive saudades e dediquei palavras à cidade que sempre cuidou de mim com ar maternal.
Por isso tudo, por minha Curitiba, deixei beijos em livros lançados, encontrei bancos e vitrines nas ruas de paralelepípedos gastos. Caminhei na certeza do próximo bar estar ao lado, de que nada está perdido na medida em que vivemos o aqui e agora num lugar que segue encantando, encantado, encantador.
Por essas e por tantas, por falta de um amor maior, proclamo:
“Salve, minha Curitiba nada perdida, que revisito em obras e sonhos de quem passa por aqui. Cidade que amo, parabéns.”
Quem lindo prof.. Tirou das profundezas da alma (: o melhor parabéns que li até agora haha
Vc sempre me faz viajar em seus textos
e foi muito bonita a homenagem para a grande curitiba
PS.hoje é meu aniversário
Valeu, Jessyka. Fez falta na aula ein!
Parabéns, Denise! Feliz aniversário. Arianas são fortes ein…
Beijos!
Ah! pra quem ainda não leu… minha entrevista na Gazeta do Povo de ontem sobre meu livro tá aqui ó: http://www.gazetadopovo.com.br/vestibular/vidauniversitaria/conteudo.phtml?tl=1&id=1109630&tit=Conselhos-para-recem-formados-e-para-quem-ainda-vai-chegar-la
Isso aí, Belão.
amor por essa cidade é o que não falta!
adorei o texto.
parabéns, Curitiba.
Muito bom o texto Belão. Um sentimento muito bonito, transformado em um belo texto a essa cidade que é tão maravilhosa
Valeu, Giovanna! Valeu, Welli! Curitiba é mais!
Parabéns, Felipe
Preciso escrever uma crônica sobre Curitiba e seu texto me inspirou. Como sempre seus sentimentos transformados em palavras me encantam.
Vi sua entrevista na Gazeta, parabéns! Tenho certeza que seu livro será um sucesso e que ainda leremos muitos outros.
Parabéns a nossa Curitiba e a você por expressar esse amor que todos nós, curitibanos natos e adotivos, sentimos!
Valeu, Regiane. To aqui pra isso…. pra ajudar com palavras. Espero que sim. Segundo livro está encaminhado já….
Andressa, valeu por passar por aqui! Curitiba é mais mesmo! =)
Cheguei atrasada desta vez…. adoorei o texto… também amo minha cidade!!! beijinhos!
Valeu, Silvia. Nunca é tarde. Sempre hora certa! Bj
Olá Sr. Curitibano de dias cinzas, ou como alguém já disse ” e tarde de seios morenos”. Amo essa serra que se vê lá da Wenceslau.
Amo Curitiba com todas as estações ao mesmo tempo…sinto saudades de quando assitíamos aquele filme debaixo do cobertor, tomando quentão e comendo pinhão em uma tarde de sábado cinza. Hummmmm. “Core-etuba”… muito pinhão, acho que os índios Tupi-guarani, Jê e Tingui sabiam das coisas.
Ah, o pastel da sua vó é o mesmo que meu pai me levava para comer…e ainda tem o mesmo gosto!
Parabéns pelo texto, você conseguiu traduzir a essência da alma Curitibana.
Beijos
Luci
Tks, Mãe! Adoro quando você passa por aqui 😉 beijos!
Adorei o texto!!!
Sempre tive vontade de conhecer Curitiba.
Acho uma cidade linda, moderna e cheia de charme.
Fora que o frio aí é bem melhor que o frio daqui né!! hehehe
Amo inverno… =/
hehe 🙂
dá uma passadinha no meu quando puder!!
xoxo
Obrigado pela visita, Aline. Ler esse texto é uma forma de dar uma passeada por Curitiba. Valeu pelo comentário! bjo
O mesmo de sempre… muito bom…
“…bancos e vitrines nas ruas de paralelepípedos gastos…”? ops vi esse lugar em algum livro seu.
rssss
Abraço
Valeu, Ale! sim sim! são as referências… =) abraço!
Comprei seu livro na FNAC do Barigui hoje!!!!! tá chique em destaque lá!!!! B-jo
Opa! mas eu achei que vc já tinha o livro até.. hehehehe
valeu por comprar… quero saber das críticas depois que vc ler ein!
beijos!
quantas histórias do Seu Belão ficaram marcadas na memoria…
me emocionei a ler…sério mesmo…
muito lindo…
Valeu, Brother! sempre passe por aqui então =)
Minha Curitiba
Minha e de tantos outros
Loiros e morenos que há muito
e a pouco tempo vivem aqui
Minha Curitiba
A Curitiba da Ordem e do Paiol
Que tem rua das flores e boca Maldita
A minha Curitiba que é só minha
Que vai do botânico até o cavalo babão
Que tem o homem nu na praça
e o homem nu que passa na praça
Curitiba essa que não tem métrica nem rima
minha Curitiba que tem o coração verde
e todas as estações no mesmo dia
Como eu amam essa cidade
Tantos anos de história
Tantos anos de carinho
E muitos mais anos do meu amor
Feliz aniversário Curitiba
Olá professor, belo texto!
Vanessa é mais uma que ama as letras e Curitiba. Muito Bom!
Priscila, obrigado…e volte sempre 😉
Beijos
Não seria hora de voltar a praça da Espanha?
Voltar por conta das paixões que deixei ou que virão?
Voltar porque o passado faz bem, principalmente quando algumas letras ainda ficaram por lá.
Sim, seu anônimo. Passado é pra guardar junto com a saudade boa e com a certeza de ter vivido de verdade.
Curitiba e suas curitibanidades… do pastel jamais esquecido das feirinhas, do sotaque, do piá, da vina.
Mto bom o texto Belão! Que Curitiba continue linda! *-*
Sempre excelentes textos!
Parabéns para nossa Curitiba de largos, bares e praças!
Beijo grande!
Valeu, Mikaelly! Sempre Curitiba =)
Sempre Curitiba! Valeu pelo comentário, Jana!
Adorei encontrar minha cidade no seus textos. saudade da terrinha boa…
Valeu, Anônimo! sempre passe e volte =)
Nossa Curitiba de amores e descobertas… De um lindo dia de sol, do Tanguá ao TIngui…
Nunca vou saber qual o mais bonito pelo nome… sempre vou confundir.. hehehe
=)
Curitiba, a cidade onde não nasci, onde não fui criado, cidade em que sequer eu moro, mas que nunca deixei de visitar. Foram tantas visitas que acabei me apaixonando.
Belo texto, Belão.
Obrigado e volte sempre pra curitiba =)